Gosto de Sangue 1 - Ben e Rupert
Gosto de Sangue 1 - Ben e Rupert - Sem beta, sem revisão. Os erros são todos meus.
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"Anda." Ben disse, empurrando o homem para dentro da sala. Ele odiava quando os alvos choravam e imploravam perdão. Era absolutamente ridículo; ele sabia que o alvo era uma pessoa muito pior do que ele (ou Rupert) poderia ser. E no caso de Rupert... Isso era difícil.
O alvo se jogou no chão, de joelhos, e levantou as mãos, num gesto suplicante. Ben sentiu nojo e ele teria matado o homem naquele momento, se ele não soubesse que o chefão, Mark, queria que o alvo fosse torturado com requintes de crueldade antes. E crueldade era com Rupert, seu parceiro.
"Cala a boca e continua, porra." Ben levantou um pé; desceu o calcanhar com força no ombro do alvo, empurrando ele pro chão. "Não me importa se você vai andando, ou se vai engatinhando. Eu só não quero ter que arrastar você. Porta no fim do corredor. Vai."
Ben preferia trabalhar sozinho, mas ele via vantagens na idéia do chefe. Ele sabia que não era capaz de fazer metade das coisas que Rupert fazia; sabia também que Rupert nunca entendeu o valor do silêncio e da discrição. E, de certa forma, era bom ter apoio.
O alvo se levantou, ainda com lágrimas nos olhos, resignado, e seguiu em direção a porta.
Bom. Melhor do que antes, pelo menos.
***
Rupert respirou fundo e esfregou a testa. Ele conseguia ouvir o alvo chorando e berrando, implorando perdão no corredor. Imbecil. Ele sabia as regras e as regras eram simples: no território de Mark não se vendem drogas para crianças. Fim.
Um barulho seco de pancada e os berros se tornaram pequenos sons desesperados, soluços que aumentavam de volume a medida que chegavam perto da porta. Rupert odiava alvos chorões. Embora os berros deles tornassem o trabalho um pouco mais interessante.
Rupert tirou a jaqueta (era uma boa jaqueta e ele ia odiar estragá-la). Jogou a jaqueta em cima da troca de roupa limpa (seguro morreu de velho), e o plástico protetor sobre a pilha.
"Traz esse merda pra cá logo, Ben. Esse chororô tá me dando no saco." A porta se abriu e o alvo entrou primeiro, os olhos cheios de lágrmas. "Tivesse se arrependido antes de descobrirem as merdas que você fez. Agora acha alguma dignidade, senta na porra da cadeira sem chorar, caralho."
Ben sorriu e empurrou o alvo com força. Rupert acendeu um cigarro e ligou a câmera. O chefe gostava de assistir quando um filho da puta desses recebia a punição que merecia.
"Primeiro unhas, depois ossos dos dedos. Talho no calcanhar ou atrás do joelho pra ele não correr, chefe?" Rupert perguntou, sem nenhuma emoção na voz. Ben estava cobrindo a boca do alvo com silver tape.
"Onde doi mais?" Perguntou a voz sem corpo saída dos alto falantes ligados ao computador esquecido no canto da sala.
Ben sentou num canto da sala, pegando o celular que estava no bolso. Rupert sorriu, enquanto arregaçava as mangas da camisa.
Hora de trabalhar.
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