Água e sal
Para a Oficina ELFA (Escritores de Literatura Fantástica e Associados). Abril de 2017.
Meu amor,
Quanta saudade eu tenho de ti. Quanta saudade eu tenho da tua pele, da tua boca, do teu abraço. Tivemos poucos momentos juntos, sim, antes que o mar me tragasse de volta ao trabalho, mas acredita quando eu te digo que foram momentos maravilhosos.
O teu toque silenciou a cacofonia da minha mente; tu não tens ideia da benção que é pra alguém como eu. Sob o teu olhar, meus medos se dissiparam. Na presença do teu sorriso, eu me perdi. Nos teus beijos eu aprendi o que é felicidade.
Teu toque se tornou um vício, um que eu nunca quis superar.
E eu pensei em ti. Todos os dias. Eu sempre pensei em voltar. Tinha certeza que voltaria aos teus braços, que eu te teria mais uma vez. Que eu me banharia no teu suor e te entregaria o meu amor, cada canto do meu ser.
Até que o meu barco naufragou. Cinco dias à deriva, cinco dias de desespero, meu amor, aceitando que eu jamais terei você nos meus braços novamente. Mas eu agora aceito esse destino. Não te tenho, jamais terei.
Eu daria tudo, meu amor... Eu daria tudo o que eu tenho, daria minha vida, minhas posses, esse bote, que é a única razão de ainda estar nessa terra... Daria tudo por mais uma chance de te ter nos braços de novo. Por poucos minutos que fossem.
Faz cinco dias que estou a deriva. E as provisões acabaram. Uso as minhas últimas energias para te enviar essa carta. Pode ser que não chegue em ti, minha fraqueza é muita... Talvez a magia não funcione. Mas é preciso tentar... Me dói mais a ideia de morrer sem que eu diga tudo isso.
Te amarei até a morte. Te amarei ainda na morte, com minha carcaça perdida nessa tumba azul e salgada.
Quando o mar lamber os teus pés, na praia, pensa que é o meu beijo.
Adeus.
Meu amor,
Quanta saudade eu tenho de ti. Quanta saudade eu tenho da tua pele, da tua boca, do teu abraço. Tivemos poucos momentos juntos, sim, antes que o mar me tragasse de volta ao trabalho, mas acredita quando eu te digo que foram momentos maravilhosos.
O teu toque silenciou a cacofonia da minha mente; tu não tens ideia da benção que é pra alguém como eu. Sob o teu olhar, meus medos se dissiparam. Na presença do teu sorriso, eu me perdi. Nos teus beijos eu aprendi o que é felicidade.
Teu toque se tornou um vício, um que eu nunca quis superar.
E eu pensei em ti. Todos os dias. Eu sempre pensei em voltar. Tinha certeza que voltaria aos teus braços, que eu te teria mais uma vez. Que eu me banharia no teu suor e te entregaria o meu amor, cada canto do meu ser.
Até que o meu barco naufragou. Cinco dias à deriva, cinco dias de desespero, meu amor, aceitando que eu jamais terei você nos meus braços novamente. Mas eu agora aceito esse destino. Não te tenho, jamais terei.
Eu daria tudo, meu amor... Eu daria tudo o que eu tenho, daria minha vida, minhas posses, esse bote, que é a única razão de ainda estar nessa terra... Daria tudo por mais uma chance de te ter nos braços de novo. Por poucos minutos que fossem.
Faz cinco dias que estou a deriva. E as provisões acabaram. Uso as minhas últimas energias para te enviar essa carta. Pode ser que não chegue em ti, minha fraqueza é muita... Talvez a magia não funcione. Mas é preciso tentar... Me dói mais a ideia de morrer sem que eu diga tudo isso.
Te amarei até a morte. Te amarei ainda na morte, com minha carcaça perdida nessa tumba azul e salgada.
Quando o mar lamber os teus pés, na praia, pensa que é o meu beijo.
Adeus.
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